quarta-feira, 13 de junho de 2018

"Será que é TEMPO de florir?"


TEMPO!
Eis aí uma palavra forte, uma palavra difícil de entender, uma palavra que pode ser boa e ao mesmo tempo ruim.
Eis aí uma palavra digna de ser dita, onde nela pode habitar amores, perdões, angústias e paixões.
Palavra que me fez ficar distante do blog por dias ou até mesmo meses.
Mas palavra essa que agora me fez voltar.

Voltar no dia 13 de junho de 2018, um dia depois do dia dos namorados, um dia depois de ver tantas e tantas declarações, um dia depois de ver tantas paixões sendo expressadas em fotos, textos e até pessoalmente.
Voltei por tentar entender o que é o amor, por tentar entender onde ele está, por tentar entender se ele só será expressado muitas vezes uma única vez ao ano...

Será que estamos vivendo o amor da forma correta?
Será que demonstramos esse sentimento da forma certa?
Será que sentimos esse amor na intensidade mais constante? 

Eis aí perguntas que nem o tempo consegue decifrar sozinho, perguntas que só saberemos as respostas se estivermos dispostos a isso.

O amor resiste a distância, ao silêncio das separações e até a alguns erros. 
Sem perdão não há amor, sem tempo (por mínimo que seja) também não.
O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão.
Mas lembre-se, perdoar não é mendigar amor, não é se fazer pequeno diante do outro.
Amor é ser equivalente e não inconsequente.
O amor nos possibilita enxergar lugares em nosso coração dos quais jamais conseguiríamos enxergar sozinhos.

Tem uma música que traduz bem o amor quando diz: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez PERDESSE OS SONHOS dentro de mim e vivesse na ESCURIDÃO. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração."

Bonito isso, não é mesmo?
Bonito enxergar sonhos que você não enxergaria sozinho. Enxergar simplesmente por que o outro te emprestou os olhos, socorreu você da escuridão e te fez transbordar.
Fico pensando que talvez o amor seja isso: descobrir jardins em lugares que antes desconhecíamos. Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. 
Mas vale ressaltar, cuidar não é jamais sufocar, não é colocar em uma redoma, é deixar livre, ver florescer e regar para que cresça e apareça.
A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa morte absoluta, mas o repouso do preparo.
Até porque vale lembrar, quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois.

Precisamos aprender isso...
Precisamos saber que nem sempre a roseira estará florida, que cada roseira tem seu tempo e sua forma de florir. Se não há flores, talvez seja por que não tenha chegado a hora de florir. Se não há flores, talvez seja por que a roseira não foi cultivada da forma correta. Se não há flores, talvez seja por que ninguém ainda tenha dado a atenção necessária para aquela roseira.

A vida requer cuidado e tempo. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão bem juntas, mas que é preciso ter cuidado para não se machucar e fazer sangrar demais. 
Flores e espinhos se dão bem, mas é necessário mais flores que espinhos, é necessário cuidado e zelo para fazer dar certo e florir.

Quem quiser levar uma rosa para a sua vida, terá de saber que com ela vão inúmeros espinhos. Mas não se preocupe. 
A BELEZA DA ROSA VALE O INCÔMODO DOS ESPINHOS.

Então viva os amores, seja ele próprio ou por outro alguém, o que vale é saber amar e saber que por trás desse sentimento você pode ter um lindo jardim.


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