sábado, 9 de julho de 2016

"O que andas fazendo da tua vida?!"

Cada escolha é uma renúncia, cada dia a mais é um dia a menos. Mas será que nos damos conta disso? Será que damos o valor suficiente que nossa vida merece? Será que realmente estamos prestando atenção nas escolhas que fazemos? 
O que estamos fazendo? O que estamos pensando?
Todos nós vamos morrer, o fim chegará... Só isso já deveria fazer com que nos amássemos mais, mas por que não faz? Somos esmagados e aterrorizados pelas trivialidades, somos devorados pelo nada e não nos damos conta disso.
Como diria Renato Russo: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar pra pensar, na verdade não há..."
A época talvez seja outra, mas as indignações são as mesmas, as pessoas já não dão mais valor ao amor, as pessoas já não buscam se conhecer mais, os sentimentos estão banalizados, o mundo está banal!
Não venha me dizer que a culpa disso tudo é do Whatsapp, do Facebook ou de qualquer outra rede social, até por que eu não concordo. Se realmente existir algum culpado esses culpados somos nós. As redes sociais tinham como intuito juntar as pessoas, mas acabou que aconteceu o contrário, as pessoas se distanciam e se trancam em seus mundinhos como se nada mais existisse a sua volta, mas será que isso vale a pena?
Como já diria Clarice: A vida não é de se brincar por que um belo dia se morre. 
Se parássemos para pensar em tudo que fazemos as coisas seriam bem mais simples e amenizaríamos toda essa agonia. Todo momento no nosso dia é uma escolha. Escolher é perder. Mas vai caber a nós escolhermos o que iremos perder, só que devemos escolher isso com agilidade já que não temos todo tempo do mundo. Na verdade nem sabemos quanto tempo nós temos...
Se escolher é perder, não está em tempo de pensarmos melhor sobre nossas perdas? Em pensar menos no volume, na quantidade e optar pela qualidade? Vários colegas ou um bom amigo? Várias risadas forçadas só para mostrar estar bem ou risadas e choros sinceros durante uma noite de conversas? Que tal menos "doer" e mais "doar"?
Não estou dizendo que não devemos fazer certos tipos de coisas triviais em nossas vidas, nem muito menos que devemos ser sempre pessoas sérias e altruístas. Mas aprendi que a vida nos dá apenas dois caminhos, o do amor e o da dor e enquanto eu puder escolher eu escolherei a primeira opção, por mais que muitas vezes ela doa um pouco, mas ela será sempre a melhor opção. E já que não temos escolha alguma sob a morte, que ao menos possamos escolher aquilo que deixa a vida mais leve. Daqui a gente não leva muita coisa mesmo, então que pelo menos possamos levar bons sorrisos, boas memórias e aquela saudade de tudo que vivemos.


(Maria Gabriela)

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